Para Refletirmos
- Dr. Dartagnan L. Costa
- 3 de jan. de 2022
- 2 min de leitura
Por Dr. Dartagnan Limberger Costa ( Ver Currículo )
Texto originalmente publicado no caderno "Opinião" do Jornal Gazeta do Sul, do dia 03/01/2022.
Com a chegada do final do ano, é natural que as pessoas comecem a refletir um pouco sobre o ano que passou e já vislumbrar alguns pontos que precisarão ser enfrentados no ano vindouro.
No próximo ano, teremos eleições gerais, com mais uma eleição para deputados, governadores, senadores e presidente da República.
É de conhecimento público que os ares conflitantes decorrentes da eleição de 2018 ainda pairam pela atmosfera social brasileira.
Muito se viu, e, ainda se vê, com relações as críticas, muitas fundamentadas, ao atual governo federal, mas também não podemos esquecer dos constantes escândalos de corrupção que o país viveu nos últimos governos anteriores a este. Senadores e deputados amedrontados por muitos possuírem o “rabo preso” com seus ilícitos que estão na mão do Supremo para julgamento, da mesma forma, não enfrentam diretamente o Poder Executivo pois tem receio da popularidade do atual presidente e do poder de “distribuição de emendas”, que beneficiam muitos currais eleitorais.
Além dessa tensão, temos um Supremo que extrapola seus poderes, servindo como um “Poder Moderador”, o qual intervém em praticamente tudo que de institucional existe, além, é claro, de beneficiar, seja por qual argumento for, dezenas de corruptos a terem as portas da cadeia abertas.
A estabilidade no Brasil não se dá pela Constituição. Ela se dá pelos interesses de cada grupo, e, o que este grupo pode “lucrar” com cada questão. Seja lucro através de exposição, de promoção pessoal, passando até mesmo para os já conhecidos “ganhos políticos”, leia-se, dinheiro no bolso. É praticamente a “ética do egoísmo”, rememorando Ayn Rand. O Brasil funciona numa ética de que cada ente político persegue o seu próprio interesse, e, ninguém tem a obrigação de promover os interesses de qualquer outro ou de qualquer pessoa.
Mas como mudar? Rompimento institucional? Terceira via? A já batida retórica da educação, como me disse “um amigo”, membro da política?
Pois digo, ainda mantenho as esperanças de que um povo educado é capaz de mudar o seu status quo e também higienizar muitos dos salões de todos os Poderes desta nação, colocando o lixo para fora.
Pode demorar, mas a educação é a única forma de acabar com o voto do assistencialismo, o voto naqueles que promovem o desmonte das instituições que combatem a corrupção e também naqueles que oferecem “favores” por votos.
Não há outro caminho. A educação é o caminho. Com a educação teremos a conscientização. E somente um povo consciente pode mudar o seu destino.

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